O problema de como se adaptar a um ambiente social e cultural em rápida mudança, conservando as idéias e os valores tradicionais, é central para esta obra de arte. As percepções de todas as seções da sociedade que vivem no Kuwait sobre essas mudanças são um aspecto central da estrutura usada para refletir os efeitos da globalização. As entrevistas iniciais destacaram as visões amplamente diferentes de diferentes seções da sociedade. Além da instalação no deserto, que foi deliberadamente criada para refletir seu isolamento estéril e contrastá-lo com a cidade moderna. A dishdasha representa a presença masculina, a tradição e a realidade de como os homens estão presentes na paisagem. A dishdasha também representa por sua própria presença, a ausência de mulheres, como espaço negativo. A ocupação externa dos homens força a ocupação interna das mulheres. As mulheres estão presentes apenas nos cuidados e no trabalho realizados para os homens, o dishdasha mostra isso através de sua limpeza, reparos e superfície passada. A presença das mulheres é marcada por sua ausência. Os espaços masculinos neste trabalho são abertos, sinalizados pela presença da dishdasha na paisagem infinita do deserto, marcada por nenhum limite. As mulheres estão ausentes na vasta possibilidade infinita daquela paisagem, forçada a pequenos espaços, casas e prédios, cujo trabalho é definido pelas paredes em que residem.